terça-feira, junho 08, 2004
Mea Culpa
Na sequência das centenas de emails de protesto que tenho recebido de peregrinos enraivecidos, beatas cibernéticas, do Bispo de Leiria (Serafim, és o maior!), da APAU (Associação Portuguesa de Apoio aos Ucranianos), de Frei Hermano da Câmara, do Arcanjo Gabriel (não confundir com o Jorge Gabriel) e até mesmo de Deus (por intermédio do seu secretário pessoal, São Pedro), venho por este meio retractar-me de alguma injúria que possa ter proferido no post anterior.
Nunca foi minha intenção atingir a honra, dignidade ou qualquer outra parte dos peregrinos (até porque isso já tinha sido feito), mas sim expor as ironias da vida e amenizar a carga negativa normalmente associada à morte (e aos concertos do Toy).
O humor ajuda a superar os maus momentos (senão como poderÃamos ainda ter pachorra para o Festival da Canção), mas depois de muito reflectir e de ver a minha casa destruÃda por uma chuva de relâmpagos algo surreal acho que é melhor deixar os pobres peregrinos em paz.
Por isso, uma vez mais peço desculpa e espero que Deus saiba que isto nunca passou de humor desfasado, como estou convicto que sabe, devido aos diversos mails que me envia com sugestões. Se abonar em meu favor, tenho gravadas em VHS mais de 300 emissões do 70 x 7.
Como é óbvio, isto vem deitar por terra o episódio que tinha preparado sobre a morte de Ronald “Who am i� Reagan.
Mande Chumbo Quente uma vez por dia e livre-se de uma vez por todas da azia.
Comentários, sugestões, injúrias e mexericos para Makukula
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Nunca foi minha intenção atingir a honra, dignidade ou qualquer outra parte dos peregrinos (até porque isso já tinha sido feito), mas sim expor as ironias da vida e amenizar a carga negativa normalmente associada à morte (e aos concertos do Toy).
O humor ajuda a superar os maus momentos (senão como poderÃamos ainda ter pachorra para o Festival da Canção), mas depois de muito reflectir e de ver a minha casa destruÃda por uma chuva de relâmpagos algo surreal acho que é melhor deixar os pobres peregrinos em paz.
Por isso, uma vez mais peço desculpa e espero que Deus saiba que isto nunca passou de humor desfasado, como estou convicto que sabe, devido aos diversos mails que me envia com sugestões. Se abonar em meu favor, tenho gravadas em VHS mais de 300 emissões do 70 x 7.
Como é óbvio, isto vem deitar por terra o episódio que tinha preparado sobre a morte de Ronald “Who am i� Reagan.
Mande Chumbo Quente uma vez por dia e livre-se de uma vez por todas da azia.
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segunda-feira, junho 07, 2004
Bowling de Peregrinos
Deu-se este fim de semana um trágico atropelamento que vitimou uns peregrinos que iam a pé a caminho de Fátima. Se não estou em erro, dois pouparam tempo e foram ter directamente com o Criador e quatro estarão em negociações.
Esta tragédia levanta várias questões metafÃsicas, sobre as quais vale a pena divagar.
a)Se isto foi um castigo divino, apanhando os peregrinos a jeito quando lhe iam fazer uma visita (se calhar muito atrasada), deverei depreender que os anjos são ucranianos, já que os indivÃduos responsáveis pelo atropelamento (ou seja, mensageiros de Deus) apresentaram passaportes (possivelmente falsos desta nacionalidade?
b)Se foi mesmo castigo divino, não havia maneira mais espectacular de cilindrar os pobres peregrinos, estilo chuva de rãs, chuva de melões ou até mesmo chuva de Cd’s dos Delfins? O atropelamento não causa assim grande sensação, especialmente em Portugal...
c)Se não foi castigo divino, mas acaso do destino, porque não adiar um pouco as coisas e esperar que os peregrinos fossem depositar uns cobres no Santuário e só então permitir que se desse o evento fatÃdico. Não só as obras do Senhor ficavam mais ricas, como os peregrinos seguiriam para outro mundo com a consciência tranquila.
d)Finalmente, uma questão mais comercial, que tanto serve para o Dpt. Marketing do Santuário, como para qualquer firma interessada. Para quando o Kit Peregrino Viajante? Seria uma óptima forma de proteger os peregrinos que viajam nas estradas, vendendo-lhes um cajado, chapéu, e oleado fluorescente e ainda umas joelheiras também desse material, para o peregrino mais devoto. A segurança dos viajantes ficaria quase assegurada e a publicidade que daà surgiria seria claramente vantajosa. O único risco seria o de expôr os peregrinos a atropelamentos de natureza sádica, mas para isso seria criado o seguro “Peregrinos em Viagem�, com assistência garantida 24 horas por dia, no céu e na terra.
A terminar, um pouco de sabedoria popular: “Peregrino que ides para o Santuário que Deus criou, não tenhas cuidado e ainda acabas debaixo de um Peugeot.�
Mande Chumbo Quente uma vez por dia e livre-se de uma vez por todas da azia.
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Esta tragédia levanta várias questões metafÃsicas, sobre as quais vale a pena divagar.
a)Se isto foi um castigo divino, apanhando os peregrinos a jeito quando lhe iam fazer uma visita (se calhar muito atrasada), deverei depreender que os anjos são ucranianos, já que os indivÃduos responsáveis pelo atropelamento (ou seja, mensageiros de Deus) apresentaram passaportes (possivelmente falsos desta nacionalidade?
b)Se foi mesmo castigo divino, não havia maneira mais espectacular de cilindrar os pobres peregrinos, estilo chuva de rãs, chuva de melões ou até mesmo chuva de Cd’s dos Delfins? O atropelamento não causa assim grande sensação, especialmente em Portugal...
c)Se não foi castigo divino, mas acaso do destino, porque não adiar um pouco as coisas e esperar que os peregrinos fossem depositar uns cobres no Santuário e só então permitir que se desse o evento fatÃdico. Não só as obras do Senhor ficavam mais ricas, como os peregrinos seguiriam para outro mundo com a consciência tranquila.
d)Finalmente, uma questão mais comercial, que tanto serve para o Dpt. Marketing do Santuário, como para qualquer firma interessada. Para quando o Kit Peregrino Viajante? Seria uma óptima forma de proteger os peregrinos que viajam nas estradas, vendendo-lhes um cajado, chapéu, e oleado fluorescente e ainda umas joelheiras também desse material, para o peregrino mais devoto. A segurança dos viajantes ficaria quase assegurada e a publicidade que daà surgiria seria claramente vantajosa. O único risco seria o de expôr os peregrinos a atropelamentos de natureza sádica, mas para isso seria criado o seguro “Peregrinos em Viagem�, com assistência garantida 24 horas por dia, no céu e na terra.
A terminar, um pouco de sabedoria popular: “Peregrino que ides para o Santuário que Deus criou, não tenhas cuidado e ainda acabas debaixo de um Peugeot.�
Mande Chumbo Quente uma vez por dia e livre-se de uma vez por todas da azia.
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quarta-feira, junho 02, 2004
O Saquinho Maravilha
Se calhar isto é coisa de gaja e sou eu que não acompanho, se calhar é paranoia ou o facto de eu estar totalmente fora de moda e não me ter apercebido, mas há um pormenor na mulher trabalhadora de classe média que me irrita sobremaneira: o saquinho maravilha.
O que é o saquinho maravilha, perguntarão vocês (tomando a liberdade de pressupor que por milagre haverá mais de uma pessoa a ler este post)?
Tomando por certo que ainda há muitos otários como eu que ainda recorrem à Carris e ao Metro para se deslocarem em Lisboa, reparam que logo de manhã há um número elevadÃssimo de mulheres (jovens, velhas, whatever) que para além de uma mala de mão, traz consigo um belo de um saco de papel (em certos casos de plástico). O mistério para mim não é o que traz o saco, visto que sei de fontes internas que na maior parte consta da bela marmita para o almoço ou outros consumÃveis do género e ocasionalmente um livro (em certos extractos substituÃdo pela Revista Maria e afins).
O que me irrita e me intriga é o facto de o sacana do saco ser quase sempre de uma loja de roupa ou de artigos de requinte. Não é irónico, andar a usar um saco da Gucci de uma coisa comprada há 3 anos (se calhar das mais baratuchas que lá havia), poupadinho ao máximo para durar e andar a carregar lá dentro uma saladinha de atum ou coisa semelhante. Nos extractos sociais mais pobres, a marca de luxo é substituÃda possivelmente por uma Mango ou Salsa, mas o efeito é o mesmo, visto que aà carrega a bela caixa de dobrada que sobrou do jantar de ontem.
Se isto é para enganar a malta, estilo “Ai, eu compro sempre na Gucci ou na DKNYâ€� não pega, quem compra sempre aÃ, nem leva marmita, nem anda de transportes. Se é com a desculpa que os sacos são óptimos para isso, duvido muito, porque não estou a ver os gajos das lojas a pensar “Epá vamos fazer uns sacos resistentes que depois de levarem a roupa sirvam para transportar uma bela caixa de sopa e assim nos fazerem mais publicidadeâ€�. Se ele já têm isto em conta, retiro o que disse e presto a minha homenagem a esses visionários do Marketing.
Portanto ficamos resumidos a uma questão de exibicionismo e vaidade pura feminina, visto que no dia em que eu vir homens de barba rija a transporta marmitas e afins em saquinhos Tommy Hillfiger ou Hugo Boss engulo o que disse, palavra a palavra.
Meninas, se estão por aà e discordam ou assumem a vossa “culpa� dêem um passo em frente e comentem. Rapaziada, se também têm algo a acrescentar sobre o assunto dêem também um passo em frente tendo, como é óbvio, cuidado para não pisar as meninas.
Mande Chumbo Quente uma vez por dia e livre-se de uma vez por todas da azia.
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O que é o saquinho maravilha, perguntarão vocês (tomando a liberdade de pressupor que por milagre haverá mais de uma pessoa a ler este post)?
Tomando por certo que ainda há muitos otários como eu que ainda recorrem à Carris e ao Metro para se deslocarem em Lisboa, reparam que logo de manhã há um número elevadÃssimo de mulheres (jovens, velhas, whatever) que para além de uma mala de mão, traz consigo um belo de um saco de papel (em certos casos de plástico). O mistério para mim não é o que traz o saco, visto que sei de fontes internas que na maior parte consta da bela marmita para o almoço ou outros consumÃveis do género e ocasionalmente um livro (em certos extractos substituÃdo pela Revista Maria e afins).
O que me irrita e me intriga é o facto de o sacana do saco ser quase sempre de uma loja de roupa ou de artigos de requinte. Não é irónico, andar a usar um saco da Gucci de uma coisa comprada há 3 anos (se calhar das mais baratuchas que lá havia), poupadinho ao máximo para durar e andar a carregar lá dentro uma saladinha de atum ou coisa semelhante. Nos extractos sociais mais pobres, a marca de luxo é substituÃda possivelmente por uma Mango ou Salsa, mas o efeito é o mesmo, visto que aà carrega a bela caixa de dobrada que sobrou do jantar de ontem.
Se isto é para enganar a malta, estilo “Ai, eu compro sempre na Gucci ou na DKNYâ€� não pega, quem compra sempre aÃ, nem leva marmita, nem anda de transportes. Se é com a desculpa que os sacos são óptimos para isso, duvido muito, porque não estou a ver os gajos das lojas a pensar “Epá vamos fazer uns sacos resistentes que depois de levarem a roupa sirvam para transportar uma bela caixa de sopa e assim nos fazerem mais publicidadeâ€�. Se ele já têm isto em conta, retiro o que disse e presto a minha homenagem a esses visionários do Marketing.
Portanto ficamos resumidos a uma questão de exibicionismo e vaidade pura feminina, visto que no dia em que eu vir homens de barba rija a transporta marmitas e afins em saquinhos Tommy Hillfiger ou Hugo Boss engulo o que disse, palavra a palavra.
Meninas, se estão por aà e discordam ou assumem a vossa “culpa� dêem um passo em frente e comentem. Rapaziada, se também têm algo a acrescentar sobre o assunto dêem também um passo em frente tendo, como é óbvio, cuidado para não pisar as meninas.
Mande Chumbo Quente uma vez por dia e livre-se de uma vez por todas da azia.
Comentários, sugestões, injúrias e mexericos para Makukula