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sexta-feira, novembro 26, 2004

Telemovel es o nosso heroi 

Sou um gajo progressista. Não irei tão longe ao ponto de dizer que acredito na igualdade de sexos e essas cenas feministas, porque isso seria já acreditar no sobrenatural, mas pronto gosto de inovações.

Uma das inovações que apreciei foi o desenvolvimento e crescimento dos telemóveis. Não porque eu seja um daqueles que gastam pipas dinheiro com telemóveis novos, que isso do bichito ser um acessório de moda é coisa de gajas, gajos efeminados ou malta que não cresceu como deve ser e ainda precisa de ter brinquedos apesar de já ter idade para ter juízo.
Aliás, o meu telemóvel é tão feio e tão obsoleto que cada carregamento de 5 Euros que faço vale mais que o telemóvel em si…
Mas adiante, como dizia eu a invenção do telemóvel foi uma dádiva para mim, não porque ligue muito ao sacanita em si, mas pelas experiências sociais que proporciona, ou seja, cada vez há mais pessoal a fazer figura de urso por causa do telemóvel e quem ganha sou eu e mais uns quantos, que nos rimos à conta do pagode.
Vou dar-vos dois exemplos:

1 – Estava eu em Belém um destes sábados a fingir que fazia exercício, quando perto da estação fluvial vejo um indivíduo com pinta de empresário, polozinho manhoso e sapatito de vela a condizer a falar em altos berros no seu tamagotchi de última geração: “Sim querida, só vim aqui a Carnaxide ao escritório buscar uma pasta e ver umas coisas das transações do banco.” Ora bem, de Carnaxide a Belém ainda são uns bons quilómetros e a tipa que estava no carro à espera dele não me parecia propriamente a Irmã Lúcia, portanto adivinho que a fluidez que ele ia verificar não devia ser de saldo bancário.

2 – Jovem trabalhador como eu, levanta-se cedo e apanha o 18 para ir até a Alameda. No meio de uma boa dose de grunhos e algumas pessoas interessantes que lá vão dentro (eu) começo a ouvir uma lontra histérica aos berros no telemóvel e os 50 passageiros mais o motorista a calarem-se gradualmente a ouvir
“Não me venhas com histórias. Ainda ontem apareceu lá em casa a conta da Pensão e no extracto do banco vem os carregamentos que fizeste no telemóvel dela!”

“Ai foi o teu colega que foi à pensão, foi? E o telemóvel também é dele ou daquela cabra???”

“Também deve ter sido o teu colega que estava de mão dada com ela na Avenida de Roma. As pessoas viram-te, não mintas!!!”

“Nem te quero ver à frente ouvistes, mas isto não fica assim. A p.ta não se fica a rir!! Nem que seja a última coisa que eu faça, mas o Sô Zé há-de saber disto e vais ver como elas lhe mordem…”

“Não quero falar disto agora, depois conversamos, ainda tens de ouvir umas coisas!!!”

Que regabofe, nunca cheguei tão bem humorado ao trabalho, fossem todas as viagens assim. Eu até estava do lado dela, mas depois de ver a pinta da “senhora” compreendi as razões do gajo, apesar de considerar que o mesmo não devia muito à inteligência, porque gajo que vai para a pensão com a amante e manda a conta para casa, está mesmo a pedi-las. Quanto à pobre enganada, fazer um show destes e no fim dizer que não quer falar daquilo é alimentar falsas expectativas ao público, que merecia um melhor desfecho.

Enfim, viva o telemóvel, que pode ir esvaziando as nossas carteiras (e algumas cabeças) mas me vai valendo algumas barrigadas de riso.


Mande Chumbo Quente uma vez por dia e livre-se de uma vez por todas da azia.
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sexta-feira, novembro 12, 2004

Eu proprio gosto bastante... 

Há quem me acuse de ser satírico. Antes de mais, quero desmentir essa afirmação falsa e mal intencionada, porque eu nunca fumei dessas coisas. Mas adiante…

O português é um gajo, ou uma gaja, conhecido nas sete partes do mundo por ser desenrascado e por em tempos termos sido um povo de exploradores. Tudo bem que hoje em dia somos mais um povo de explorados, mas pronto há que puxar o lustro ao passado. Mas fiquem com um exemplo da histórica chico espertice lusitana:

Em conversa com um amigo, decidimos lanchar numa pastelaria afamada aqui da capital. Eu, indivíduo de gosto requintado peço um croissant com queijo, pedido esse que foi prontamente atendido pelo empregado de mesa sem qualquer reparo. Alguns minutos depois, veio a paparoca e qual não é o meu espanto, quando o dito croissant para além de queijo está altamente recheado do mais amarelado e açucarado doce de ovos. Chamo o empregado e digo-lhe:

- Deve ter havido um engano, o meu croissant com queijo tem crème…
- É que não há croissants simples… - respondeu-me o marialva
- Pois, mas crème e queijo não é propriamente uma grande mistela – voltei eu à carga
- Qual é o problema? Eu próprio gosto bastante… - disse-me o artista

Nessa altura, o meu amigo teve de me segurar para não lhe fazer a cara em crème…Depois dos croissants com pimentos e tortilha que eu já vi nas montras da pastelaria do Corte Inglês, esta foi a inovação alimentícia mais nojenta dos últimos tempos, para não falar da agravante que foi terem-na tentado impingir a mim.

Eu sou um tipo a favor de uma alimentação diversificada. Gosto de restaurantes estrangeiros, de experimentar coisas diferentes, mas há limites para tudo…Croissant com crème de ovo e queijo????? COM TORTILHA E PIMENTOS??? Anda tudo maluco é o que é….


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quarta-feira, novembro 03, 2004

Nao e o Dia do Juizo Final, mas e uma ressurreiçao 

Depois de quase um mes em recuperaçao, eis-me de volta às lides. Uma combinação de factores, nos quais o trabalho (sim, porque até um madraço como eu trabalha) teve uma importância preponderante fez com que nem sempre houvesse a inspiração necessária para enviar uma posta de pescada à maneira.

Como é óbvio, depois de ler o último post escrito às sete da matina depois de uma noitada de trabalho para um cliente que merecia era que lhe fossem às trombas, decidi que as coisas ou saem em condições ou não saem. Por isso o interregno.

Mas agora, "Depois da tempestade, vem a balança" :) e como tal sinto-me mais inspirado e o bichinho do blog não deixou de morder, pelo que declaro novamente aberta a época de caça...

Não confundam regresso com melhoria de qualidade. O pseudo humor e os trocadilhos continuarão a ser do mais miserável que há, simplesmente eu vou achar piada, coisa que não achei em relação ao post da noitada.

Um grande bem hajam e uma saudação especial para o Mantorras e para o seu Joelho. Sem eles, a minha fé na recuperação do blog não seria possível.


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